Uníssona

Nostalgia de ex-bixete

sábado, maio 28, 2005


Comunicação Social não é um nome bonito?

SAudade dos velhos tempos

Maria Renata às 19:13

Só pra constar...

segunda-feira, maio 23, 2005


Ontem o Nick fez cinco anos, ou trinta e cinco anos caninos.

O cd acústico do Nando Reis tá R$ 39,90 e eu baixei ele todinho anteontem pelo Soulseek "forfri".

Eu achei "Cruzadas" chato. Mas talvez eu precise rever.

Hj eu saí chapada do yoga.

Ontem passei o dia inteiro em família <3

Quero comprar o livro "Contos", de Virginia Woolf.

Foo Fighters estão de volta \o/

Reencontrei a Valéria, uma amiga de colegial, depois de uns belos sete anos sem nos ver.

Sexta me reuni com o pessoal que fez Publicidade cmg, saudades...

Minha cabeça dói.

Domingo eu também assisti "Pulp Fiction". Big Kahuna Burger!

Esperança não me falta. Esperança do verbo "esperançar", né.

[ Ao som de "Marvin" | Nando Reis ]

Maria Renata às 10:36

As noites são enluaradas

quinta-feira, maio 19, 2005


Lembro da primeira vez que a vi.

Lá estava eu, com 18 anos apenas, era uma caloura assustada e ingênua, na primeira aula daquela mulher. No primeiro ano de Comunicação, aprendiamos, basicamente, humanidades. E aquela mulher tentaria mostrar um pouco de Sociologia às quarta-feiras, em aulas dobradas.

A primeira vez que a vi, fiquei curiosa. Professora Lúcia Montezuma: nome de minha tia mais doce, sobrenome do ditador asteca que sucumbiu ao espanhol Cortés. Que medo! Tão imponente, logo em sua primeira aula! Exaltava-se. Os braços agitavam-se como se estivesse sofrendo espasmos, a voz se alterava a todo instante. Enquanto falava, vinha subindo os degraus da sala de tablados. A cada passo impunha o seu gosto em sala, pisando com força no assoalho de madeira entre o pequeno corredor de carteiras: "Não gosto de óculos escuros na minha aula"! BAM! "Não precisa beijar todo mundo quando chegar atrasado, eu tenho certeza que vcs não são políticos!" BAM! "Não gosto de ti-ti-ti, intervalo serve pra isso!" BAM!

Eis que o corredor acaba na única fileira de carteiras que ia de parede a parede, e ela acaba o seu discurso. Fica paralizada. Encara com aqueles olhos azuis a aluna solitária que ali se sentava - eu.

Lembro-me perfeitamente bem desse momento. Posso descrevê-lo com perfeição. Não esqueço aqueles olhos azuis para mim arregalados, encravados numa face até que bonachona, não fosse o terror que deles emanava. A pele rosada, o cabelo muito vermelho, o conjunto azul que ela vestia e as sandálias pretas que ela calçava. Ela suava. Muito.

Ar? Estava escasso. Havia um fio de ar que corria condicionadamente dentro de mim, afim de me manter (ainda) viva. Medo, muito medo. O que eu fiz de errado? Logo eu? Na escola todos os professores gostavam de mim! Eu sou boa aluna, sempre fui, que foi que eu fiz?

Tentando quebrar o clima tenso, encolhi os antebraços e levantei os braços, como um ladrão acanhado se rendendo à polícia. Nem imagino o que se passou na minha cabeça naquele instante, mas lembro que após piscar duas vezes os olhos, ela perguntou, alto o suficiente pra que todos escutassem:

- Qual o seu nome?

E eu, gaguejando, respondi:

- M-M-Maria R-R-Ren-nata...

Ela repetiu, pausadamente:

- Maria Renata. Renata. Renatinha.

Eu juro que senti os seus olhos crispando naquele momento, numa espécie de prazer masoquista. E a minha gaguejada deve ter sido um troféu, no estilo "parabéns, vc acaba de assustar mais um aluno!"

Enfim. Amaldiçoaria aquele dia. Acreditava de pés juntos que ela me odiava pelo meu ato impensado durante a aula. Era um inferno. Renatinha pra lá, Renatinha pra cá. Suava frio ao cruzar com ela no corredor!

Se eu ria, logo ouvia um "compartilhe o motivo do seu riso com a sala, Renatinha!". Na leitura da apostila, "Cadê a entonação, Renatinha?". E no meio da explicação também: "A TV é um dos maiores meios de coerção social, eu tenho certeza que o pai da Renatinha acredita em 95% do que ele vê no Jornal Nacional!".

O ano letivo se passou e deu que ela não arrancou um pedaço meu, surpreendentemente. Ao longo de 2001, aquele espanto todo foi se transformando em admiração, e como eu admiro Lúcia Montezuma! Que mulher inteligente! Dera eu tivesse metade daquele cérebro. Quando nos encontramos nos corredores da universidade, nos cumprimentamos, ela ainda me chama de Renatinha, mas hoje com muito mais carinho que ironia: "Renatinha e seus óculos intelectuais!"

Porém, dentre toda a santíssima trindade Marx-Dürkheim-Weber que ela tanto explicava nas aulas, a maior lição que ela me deixou foi a frase que encabeça este post: as noites são enluaradas.

E eu sempre me lembrarei de Dona Lúcia quando forem 00:46 de uma sexta-feira e eu estiver correndo com qualquer trabalho de faculdade, ou mesmo com um job queimando o deadline: as noites são enluaradas.

Que sono.

[ Ao som de "Namami Nanda-Nandana" | Kula Shaker ]

Maria Renata às 23:59

Pelo fim de semana

segunda-feira, maio 16, 2005


Pegadas Na Lua | Skank

A parte que me cabe
Nesse peito seu
Novamente vai se lembrar
Sua boca era silêncio
A terra queria girar

A parte que me cabe
No teu sonho ateu
Novamente quer acreditar
Em universos infinitos
Sem nenhuma luz pra te cegar

A parte que me cabe
Nesse peito seu
Novamente vai respirar
Em lugares abafados
Onde ninguém vai passar

A parte que me cabe
Nesse espelho seu
Novamente vai desejar
O que parece inatingível
Mas faz o mundo melhorar

Eu sou uma força
Jorrando palavras
Pelos canos de vitrines e ruas
Por onde você vai trafegar

Eu sou essa força
Abrindo suas gavetas
Tirando palavras que podem
Até te contar

Eu tenho uma força
Que deixa pegadas na lua
Na esquina por onde
Você também vai levitar


Obrigada :')

Maria Renata às 11:54

Top 15 frases que ouço na creche onde sou voluntária...

quarta-feira, maio 11, 2005


1. "'Tabaiááá'! 'Tabaiááá'!" - Iuri, dizendo aos prantos que a mãe foi trabalhar.

2. "Nelas!" - Gustavo, fazendo um gesto impuro após me cumprimentar com as mãos.

3. "Tiiiiia, minha mãe falou que eu vou ganhar chocolate!" - Vanderson, com os olhos brilhando.

4. "A tia não tem carrinho!" - Lucas, fã de carros.

5. "O 'xapo', o 'xapo', fez cocô no rio!" - Natália, misturando músicas

6. "Dentro da pia pica pica pica pica pinga." - Ana Carolina repetindo o trava língua 'dentro da pia tem um pinto, quanto mais a pia pinga mais o pinto pia'

7. "Eu não vou mais chutar a tia" - o mesmo Lucas, se redimindo toda terça e quinta por ter me chutado uma vez.

8. "Coisa feia é você!" - Rodrigo, rebatendo uma bronca minha.

9. "A tia tem brinco no nariiiiiz..." - Lívia, maravilhada com meu piercing.

10. "Fala com a minha mão!" - Tainá, aprendendo comigo.

11. "Tinco!" - Vanderson, contando até cinco.

12. "Eu sou um cara 'inderigente'." - Bruno, inteligente.

13. "Me empurra! Me empurra!" - Pedro, brincando na balança.

14. "Minha irmã não parece uma 'cheborinha'?" - o mesmo Bruno, apontando para a irmã.

15. "Eu vou contar pra minha mãe, pro meu tio e pra minha vó!" - a mesma Ana Carolina, após ser repreendida.

[ Ao som de "Lil' Red" | Bikini Kill ]

Maria Renata às 12:40

Família, ê!

domingo, maio 08, 2005


Meu sonho de infância era ter uma prima da minha idade. Daí seríamos amigas e seríamos cúmplices, dividiríamos futilidades, segredinhos, e revistas Capricho, Querida e Carícia (sim, eu fui uma criança/adolescente solitária, porém não uma vítima).

Porém, acabei sendo o bendito fruto de cinco primos homens até os 14 anos. Era a pura relação Mônica-Cebolinha com todos. Carinhosamente, sempre fui alvo de perturbações, bem como de ciúmes extremos! Tenho todos como irmãos. Sempre estão presentes em todos os momentos da minha vida. No meu primeiro beijo, por exemplo, lá estavam eles, arquitetando algum plano pra afugentar o estranho de patins que estava dando em cima da única prima deles.

E assim sempre foi, eles sempre achavam uma maneira de me perturbar. Quando eu tinha 11 anos, o alvo era Jon Bon Jovi, que eu amava de paixão. Falavam que ele era homossexual, criticavam as músicas, e, dependendo da situação, eu abria o maior berreiro. O tempo passou, e os alvos mudaram: passaram a ser namorados. Não, eles não têm um mínimo de pudor, lembro de um o qual eles sempre questionavam o tamanho do genital pelo fato de ser japonês, um outro era considerado flanelinha porque era skatista, um deles ganhou o apelido de "Pampers" porque tinha nádegas grandes.

O bacana é que a vingança é um prato que se come frio. Porque o tempo passou, e propiciou motivos ótimos para que eles se tornassem vítimas. Primeiramente desenvolveram péssimo gosto musical, e já que eu sou criteriosa, por que não julgar? Shakira? Blink 182? Péssimo. Mas o melhor é que cada qual foi arranjando sua namoradinha. Um namora com uma menina chatinha bem mais baixinha que eu, então por que não dizer que ele trafica, diariamente, 1,40m de drogas? Outro é magérrimo que só, arranjou uma cheinha, por que não dizer que atualmente uma matrona o domina? O mais novo ainda não apareceu de mãos dadas, mas é lerdo que só, o que lhe rende desde bebê o apelido de Pingüim.

Escrevo isso com eles aqui ao lado, jogando cartas, imagina se eles lêem este texto? Eu já desfruto de paz plena, já não me enchem mais, com certeza eu devo ser considerada uma prima chata, metida a intelectual, criteriosa e de humor ácido. Bu! Assusto eles agora! Sim! Acho que eu acabei virando uma versão XP de mulher superior! Vcs me agüentam, agora? Creio que não! Lá lá lá!

Enfim, passado o momento egocêntrico, como falei mais acima, fui a única menina até os 14 anos, porque aí meus tios resolveram colocar o gene XY em ação: nasceram duas, no mesmo ano, quase que simultâneamente, e têm hoje 8 anos.

Como tudo na vida é questão de rito de passagem e tradição, fico imaginando quando elas deixarem de ser crianças e começarem a crescer, como é que os homens da família vão pegar no pé delas. Pelo menos é bom não ser mais a única mulher da família. E mais: espero pelo dia em que elas crescerão o suficiente pra me ajudar a lavar e secar a louça nas reuniões familiares, porque vou te contar, viu, não é fácil ficar sempre cuidado da cozinha sozinha!

[ Ao som de "Special Needs" Placebo ]

Maria Renata às 18:37

Sim sim sim!

sexta-feira, maio 06, 2005


Karine é fodona! Ganhei um template exclusivo dela! E programado pelo Rafael! Que honra!

E eu amei!!!! Do jeito que eu tava querendo!

Hoje os beijos vão pra eles, afinal, eles mais do que merecem :P~

E deixa eu babar mais um pouquinho no template *__*

Maria Renata às 01:44

Lugar ao sol

terça-feira, maio 03, 2005


Hoje descobri um novo cantinho aqui em casa.

Depois da reforma, onde duas casas foram emendadas, sobrou um quadrado com uma porta balcão, para onde as janelas dos quartos dos meus pais e do meu irmão vão buscar ar e iluminação. Lá minha mãe encheu de plantas, empilhou as samambaias da minha avó, pendurou xaxins, colocou orquídeas e outras flores mais. Um canto agradável, mas um tanto solitário, já que é pouco freqüentado.

E foi ali, bem ali, debaixo da janela do meu irmão, entre algumas ervinhas e o vaso de cidreira, que eu achei um cantinho iluminado pelo sol, tão convidativo.

Sentei-me ali e ali fiquei, fechei os olhos e não vi o tempo passar. Pensei em algumas coisas, lembrei de outras mais, até que esvaziei totalmente meu cérebro em algum canteiro e dormi um sono despreocupado e inusitado.

Acordei com meu pai chegando em casa, corri dali para disfarçar, além de ser tachada de dorminhoca (o que ele costuma fazer), não, não quero dividir aquele lugar com ninguém!

[ Ao som de "Special K" | Placebo (ainda) ]

Maria Renata às 12:47

Pronto...


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Aliado a um show ótimo, ela conseguiu me viciar em Placebo! Sim! Estou completamente viciada!

Ótimo vício, creio eu.

[ Ao som de "I Feel You" | Placebo ]

Maria Renata às 11:14